Ao iniciar uma conversa, é comum fazermos perguntas sobre as preferências pessoais do outro. Seja para saber qual a banda favorita, o melhor time de futebol ou o sabor de sorvete mais gostoso, a intenção é conhecer a outra pessoa. No entanto, às vezes essa pergunta pode ter um efeito contraproducente. Afinal, perguntar sobre o favorito pode ser uma forma de influenciar a opinião do outro ou até mesmo de diminuir a autoconfiança.

Quando perguntamos sobre o favorito, estamos automaticamente dando a entender que há uma resposta certa e que todos devem concordar. Isso pode gerar pressão na pessoa que está respondendo e até mesmo fazê-la mudar de opinião para se adequar ao que é considerado “certo”. Além disso, essa pergunta pode nos levar a julgar a outra pessoa ou a limitar sua individualidade.

Por exemplo, se perguntamos sobre o livro favorito e a resposta não é algo que gostamos, podemos julgar a pessoa ou ignorar a resposta. Isso pode ser prejudicial, afinal, cada um tem suas próprias preferências e experiências. Ao limitar a conversa a uma escolha específica, perdemos a oportunidade de conhecer a outra pessoa em sua complexidade.

Mas como podemos mudar essa dinâmica e promover uma conversa mais empática e aberta? A resposta está em deixar de lado a pergunta sobre o favorito e, ao invés disso, perguntar sobre as experiências e opiniões pessoais.

Por exemplo, em vez de perguntar qual a banda favorita, podemos perguntar qual a música que mais marcou a pessoa ou qual concerto ela mais gostou. Essas perguntas não limitam as escolhas e permitem que a pessoa se expresse de forma mais autêntica. Dessa forma, podemos desenvolver empatia por experiências diferentes das nossas e ampliar nossa compreensão do mundo.

Além disso, ao deixar de lado a pergunta sobre o favorito, também estamos desenvolvendo nossa autoconfiança. Ao invés de buscar a aprovação dos outros, estamos nos colocando no controle de nossas próprias escolhas e opiniões. Isso é especialmente importante em um mundo onde somos constantemente bombardeados por opiniões e influências externas.

A escolha é uma forma de exercer nossa liberdade e expressar nossa individualidade. Ao deixar de lado a pergunta sobre o favorito, estamos nos permitindo sermos mais autênticos e verdadeiros com nós mesmos e com os outros.

Portanto, da próxima vez que iniciar uma conversa, pergunte sobre as experiências e opiniões pessoais do outro. Deixe de lado a pergunta sobre o favorito e se surpreenda com as histórias e pensamentos que você pode descobrir. Dessa forma, estaremos promovendo uma conversa mais empática, autêntica e enriquecedora para todos.